Por muito tempo o colesterol alto esteve associado, apenas, a problemas de saúde. O que nem sempre é verdade. Hoje, no entanto, sabe-se o quanto esse tipo de gordura é essencial para o corpo.
Antes de mais nada é preciso diferenciá-los. Assim como desmitificar uma série de crenças populares que só atrapalham.
Pronto para desvendar esse universo? Leia este artigo e confira cinco mitos e verdades que você precisa conhecer!
1. Todo colesterol faz mal
Mito. Na verdade, há dois tipos de lipídios:
- HDL- conhecido também por ser uma lipoproteína de alta densidade. Por conta desse atributo entre outras funções úteis é desejável;
- LDL- trata-se de uma lipoproteína de baixa densidade. A isso se deve o fato dele se acumular nas artérias. Também, por isso, é motivo de atenção.
De uma forma geral ambos são fundamentais para o organismo. Basta estar dentro dos limites por idade e sexo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia um adulto com risco de ter problemas cardíacos deve manter os seguintes níveis:
- LDL abaixo de 50 mg/dl;
- HDL desejável acima 40 mg/dl;
- total abaixo de 190 mg/dl.
2. Interfere no metabolismo
Verdade. De fato, esse lipídio é um tipo de esteroide essencial para a síntese de alguns hormônios. Dentre eles, se destacam:
- testosterona-hormônio sexual masculino;
- progesterona-hormônio sexual feminino;
- cortisol-desempenha adaptações orgânicas de defesa no nível externo.
Agora você já sabe porque homens não devem tomar esteroides sem prescrição médica. Já que isso contribui para o aumento nos níveis de colesterol e ainda afeta todo o sistema.
Da mesma forma como mulheres hipertensas com níveis altos desse lipídio devem evitar anticoncepcionais com alta concentração hormonal.
Sabe-se também que níveis elevados de cortisol e baixos em serotonina influenciam no humor. O que contribui para crises de estresse ou mesmo apatia. Ou seja, de qualquer forma todas essas questões devem ser conferidas.
3. Tudo culpa da alimentação
Mito. Embora seja recomendável a alimentação balanceada e exercícios físicos como prevenção, nem sempre essas ações, são suficientes para o controle. Mesmo porque o fator genético influencia bastante nesse aspecto.
Pacientes, por exemplo, com histórico de porfiria – série de doenças raras causadas pela síntese anormal de enzimas na produção do heme – podem apresentar distúrbios. Tudo porque essa deficiência gera, inclusive, acúmulo de gordura.
4. Colesterol alto afeta o sistema imunológico
Verdade. Assim como não é o ideal ter altos índices globais desse lipídio, a pessoa também não deve bani-lo totalmente da dieta. Mesmo porque tentar se livrar seria impossível, já que apenas 30% dele é obtido pela alimentação, sendo que o restante é sintetizado pelo fígado.
Ainda assim a redução expressiva sem distinção interfere na imunidade. Além disso, se envolve na produção de vitamina D por conta do alto potencial protetor bem como se envolve no metabolismo de cálcio.
Assim, basta agir com bom senso e incluir gorduras saudáveis, ou seja, aquelas ricas em HDL na dieta. E, ao mesmo tempo consumir outros lipídios, de origem animal, com moderação.
5. Crianças não têm colesterol alto
Mito. Em qualquer fase da vida pode haver descontrole desses níveis. Nem precisa ir longe, já que hoje, muitas famílias investem em dietas ricas em gordura saturadas ou trans.
Para piorar, boa parte das crianças não praticam nenhuma atividade física. Quando não apresentam alto nível de estresse emocional. Todos esses fatores combinados podem sim, contribuir para essa ocorrência. Sem contar o quanto a genética determina nesse quadro.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto.
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