O sobrepeso tem aumentado significativamente na população em todo o mundo, atingindo diferentes etnias, faixas etárias, gênero e classes sociais. As causas do aumento de peso são multifatorial. O sedentarismo e a alimentação rica em gorduras industrializadas e em açúcar (como fast food, refrigerantes, farinha refinada) são apenas um dos pilares do acúmulo de gordura. Outros fatores que podemos citar são: estresse, alterações hormonais, privação do sono, poluentes ambietais,mudança da flora intestinal, horários desregulados.
Inegavelmente, estas alterações associadas ao estilo de vida da sociedade contemporânea contribuem para que este aumento represente uma verdade epidemia no Brasil. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mais da metade da população enfrenta o problema, boa parte inclusive sem saber de sua condição.
Como saber se estou com sobrepeso ou obeso?
É importante diferenciar da obesidade. A forma mais comum e simples é o IMC – Índice de Massa Corporal . Este é o resultado do cálculo que divide o peso da pessoa pela sua altura elevada ao quadrado. Então ele é utilizado para identificar se uma pessoa está abaixo, acima ou dentro do peso esperado para sua altura. Um resultado entre 18,5 e 25 é normal. Entre 25 e 29,9 é sobrepeso. 30 ou mais é obesidade.
Porém, além desta definição é preciso considerar outros fatores na avaliação clínica para um correto diagnóstico. Por certo a composição corporal deve ser analisada de acordo com o grupos étnico e a distribuição de gordura. A bioimpedância pode auxiliar na indicação na composição corporal, indicando porcentagens de gordura e massa muscular da pessoa. A densitometria de corpo inteiro além de indicar a porcentagem de gordura, identifica a distribuição do tecido adiposo.
Devido à complexidade de diagnóstico e sua importância para o tratamento correto é preciso uma avaliação criteriosa. Dessa forma, um profissional capacitado é necessário para determinar qual melhor estratégia a ser empregada.
Causas e efeitos
Certamente fatores ambientais, comportamentais e genéticos são as causas mais prováveis. No entanto, é preciso uma ampla abordagem clínica no diagnóstico verificando doenças preexistente, medicações contínuas, intolerâncias alimentares, funcionamento intestinal, sedentarismo e tentativas anteriores de emagrecimento.
Acima de tudo sua ocorrência pode provocar consequências sociais indesejáveis, como a rejeição, baixa autoestima e mudanças de comportamento, aumento da pressão arterial, piora nas taxas de colesterol, síndrome do ovário policístico, entre outros.
Tratamento e o papel do Endocrinologista
Dentre os profissionais que tratam desta questão, destaca-se como crucial o endocrinologista. Este profissional lida com quadros de disfunções hormonais distintos como obesos até esportistas. Além disso, ele avaliará se o ganho de peso é prejudicial à saúde e qual sua possível causa.
Sua experiência lhe capacita a indicar ao paciente o programa de tratamento mais adequado para cada caso acompanhando a evolução dos resultados obtidos durante determinado período, considerando os seguintes tipos de tratamento:
- Dieta balanceada
- Reeducação alimentar
- Exercícios físicos
- Uso de medicamentos, quando necessários
Antes que o sobrepeso vire obesidade existem medidas que podem ser tomadas. O endocrinologista é o profissional chave nesse controle.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em São Paulo!
