Os hormônios desempenham um papel fundamental na regulação do nosso estado emocional e mental. Quando há distúrbios hormonais, esses desequilíbrios podem causar uma série de sintomas psiquiátricos, como depressão, ansiedade, irritabilidade e até distúrbios de memória e concentração.
Hipotireoidismo e saúde mental
A tireoide, glândula responsável por regular diversos processos metabólicos no corpo, também tem um impacto significativo na saúde mental. O hipotireoidismo, que ocorre quando a tireoide não produz hormônios suficientes, pode ser uma das causas de sintomas depressivos e de fadiga. Isso ocorre porque a falta de hormônios tireoidianos interfere na produção de neurotransmissores importantes para o bem-estar emocional, como a serotonina. Além disso, a hipofunção tireoidiana pode causar redução do nível de energia, o que resulta em apatia, falta de motivação e dificuldade de concentração.
O papel dos hormônios sexuais
Alterações nos hormônios sexuais, como estrogênio e progesterona, também podem contribuir para a instabilidade emocional. Mulheres em fases como a menopausa ou a síndrome do ovário policístico (SOP) frequentemente experimentam mudanças abruptas nos níveis hormonais, o que pode levar à sensação de ansiedade, irritabilidade, e até a episódios de pânico. O estrogênio, por exemplo, tem um papel crucial na regulação do humor, sendo que sua queda repentina pode prejudicar a função cerebral e emocional.
O tratamento é a chave
A boa notícia é que muitos dos impactos dos distúrbios hormonais na saúde mental podem ser tratados. O primeiro passo é procurar orientação médica para avaliar os níveis hormonais. No caso do hipotireoidismo, a reposição hormonal pode ajudar a equilibrar os níveis de hormônios tireoidianos, o que, por sua vez, melhora o humor e a disposição. Para as mulheres na menopausa, terapias hormonais podem ser úteis para estabilizar os níveis de estrogênio e aliviar os sintomas emocionais.
Manter um estilo de vida saudável também pode melhorar a saúde mental, com foco em alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas e, sempre que possível, a busca por estratégias de redução do estresse, como meditação e yoga.