Você já ouviu falar sobre o gigantismo? Trata-se de uma condição muito rara que causa o crescimento acelerado e anormal da criança. Ou seja, ela fica mais alta e cresce mais rápido do que deveria.
Embora preocupante, é possível tratar o gigantismo com sucesso. No entanto, não é incomum que as crianças que sofrem com essa doença tenham alguns sintomas e necessitem de um acompanhamento regular com um médico à medida que vão crescendo.
Quer entender melhor sobre o gigantismo? A seguir, explicamos os principais fatores relacionados a essa condição. Acompanhe!
O que causa o gigantismo?
Desde o momento do nascimento de uma pessoa, hormônios específicos produzidos pela glândula pituitária no cérebro controlam a forma como ela cresce. Nesse cenário, o hormônio de maior importância é o hormônio do crescimento.
O que ocorre com a maioria das crianças com um quadro de gigantismo é que elas têm altos níveis desse hormônio. Como consequência, crescem muito e de maneira rápida.
Na extensa maioria dos casos de gigantismo a principal causa para o surgimento da doença é um tumor benigno (adenoma) que se desenvolve na glândula pituitária. É interessante destacar que em alguns casos isso acontece devido a raras condições genéticas, no entanto, é comum não haver uma razão óbvia para o aparecimento do tumor.
A medicina já identificou uma série de condições genéticas raras que podem causar a doença, sem que a criança tenha um tumor na pituitária. Entre elas estão a síndrome de Weaver, síndrome de Beckwith-Wiedemann e síndrome de Sotos.
Observação: muitas pessoas confundem o gigantismo com a acromegalia devido as semelhanças entre ambas as doenças. No entanto, a acromegalia afeta adultos e, da mesma forma que o gigantismo, leva ao crescimento anormal. Porém, no lugar de fazer a pessoa crescer no geral, ela causa outros sintomas, como crescimento dos pés e das mãos e alterações nas características do rosto.
Quais os tratamentos para o gigantismo?
Há várias abordagens para o tratamento do gigantismo. Contudo, é importante analisar cada situação. Dito isso, as seguintes alternativas são aplicadas para o gerenciamento dessa doença:
Terapia medicamentosa: o objetivo dos remédios e garantir o controle dos sintomas e níveis de hormônios no organismo da criança. Além disso, podem ajudar a encolher o tumor.
Radioterapia: pode promover a redução do tumor, contribuindo para baixar os níveis de hormônio do crescimento.
Cirurgia: a abordagem cirúrgica tem como objetivo a remoção do tumor situado na glândula pituitária.
Considerações importantes sobre o gigantismo
Crianças com gigantismo, quando recebem o tratamento adequado, garantem uma expectativa de vida normal. Ademais, o tratamento ajuda a evitar boa parte das complicações associadas a essa doença.
Contudo, alguns sintomas podem permanecer sendo que os mais comuns envolvem movimento restrito e fraqueza muscular. Além disso, devido ao estresse e problemas causados pela doença pode ser necessário que a criança faça acompanhamento psicológico, além das visitas regulares ao médico para o monitoramento de sua condição.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Então, leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em São Paulo!