O excesso de prolactina ou hiperprolactinemia afeta a saúde da mulher, causando a infertilidade, a galactorreia (produção de leite materno, sem que haja gravidez), e a amenorreia (irregularidade menstrual). Todavia, nos homens, a produção anormal de prolactina pode levar à infertilidade, disfunção erétil e diminuição da libido sexual.
Produzida pela hipófise, a prolactina é responsável por regular a produção de leite materno, durante a amamentação. No entanto, fatores fisiológicos, ambientais e farmacológicos podem desregular a produção desse hormônio, com graves consequências tanto à saúde da mulher como a do homem.
Principais causas do excesso de prolactina
- Causas fisiológicas: disfunção da hipófise, estresse físico e psicológico, gestação, estimulação dos mamilos e a amamentação.
- Doenças: hipotireoidismo, excesso de estrógeno, cirrose hepática, doenças renais, tumor na hipófise, adenomas e prolactinomas (tumores benignos que secretam prolactina).
- Medicamentos: o uso contínuo de medicamentos psiquiátricos como antidepressivos e ansiolíticos; anticoncepcionais, alguns tipos de anti hipertensivos como metildopa e medicamentos que agem na motilidade intestinal, domperidona e metoclopramide.
Níveis de hiperprolactinemia
- Baixo: concentração de 20 mg/ml e 50 mg/ml. Altera a taxa de progesterona no organismo feminino e, consequentemente, o ciclo de ovulação; causa infertilidade.
- Médio: concentração acima de 50 mg/ml até 100 mg/ml. Modifica o ciclo menstrual, causando a amenorreia (falta de menstruação) ou oligomenorreia (intervalos acima de 35 dias, entre os ciclos menstruais).
- Alto: nível de prolactina superior a 100 mg/ml. Reduz os estrógenos, provoca a secura vaginal, ausência de menstruação (amenorreia) e ondas de calor e osteoporose. Em homens, ocorre perda de massa muscular, redução do desejo sexual, impotência sexual, osteoporose.
Sintomas do excesso de prolactina
- Galactorreia: produção de leite materno, fora da gestação;
- Alteração do ciclo menstrual, com ausência total ou intervalos longos entre os ciclos;
- Secura vaginal;
- Ondas de calor na mulher;
- Homens perdem massa muscular;
- Redução da libido masculina;
- Disfunção erétil;
Diagnóstico do excesso de prolactina
Dessa forma, para diagnosticar as causas do excesso de prolactina, o médico analisará o histórico do paciente (doenças preexistentes, uso de remédios psiquiátricos, etc.) e solicitará os exames que medem os níveis de hormônios, tanto os de prolactina como os dos hormônios da tireoide (T3 e T4).Além de testes específicos que avaliam o funcionamento do fígado e do sistema renal.
Tratamento para o excesso de prolactina
Certamente, o objetivo do tratamento é regularizar o nível de prolactina e eliminar os sintomas da hiperprolactinemia. O resultado dos exames clínicos e laboratoriais indicam as medidas a serem adotadas. Se o problema está relacionado ao efeito colateral de algum medicamento, é necessário substituir o remédio por outro mais seguro.
Portanto, doenças que causam a hiperprolactinemia devem ser controladas adequadamente. Melhorar a qualidade de vida, com alimentação balanceada e atividades físicas é importante à prevenção do estresse físico e psicológico. A consulta médica periódica pode detectar este e outros problemas de saúde.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em São Paulo!