A deficiência de iodo pode acarretar mau funcionamento da tireoide. Tal condição é preocupante, uma vez que esse distúrbio está relacionado a doenças como o bócio endêmico e até mesmo o câncer. Já nos bebês que ainda não nasceram, a deficiência do mineral pode resultar em atraso mental. Para evitar essa situação, algumas pessoas – principalmente mulheres grávidas – optam pelo consumo da suplementação de iodo.
Mas, afinal, o que é essa suplementação?
O que é o iodo?
Antes de abordamos o que é o suplemento desse elemento, é necessário explicar o que é o iodo. Trata-se de um mineral de grande importância para o bom desempenho da tireoide, glândula localizada na região anterior do pescoço, abaixo do Pomo de Adão. Ela é responsável pelo gerenciamento do desenvolvimento e do metabolismo do corpo.
Quando o organismo está carente de iodo, a pessoa pode vir a sofrer com o inchaço da glândula, dentre outros sintomas como cansaço, letargia e até mesmo depressão.
Diferentemente da vitamina D, que é sintetizada pelo corpo durante a exposição solar, a reposição de iodo deve ser feita por meio da alimentação, diariamente.
É válido destacar que, apesar de ser um problema que pode afetar qualquer um, os brasileiros de modo geral não correm risco de sofrer de deficiência de iodo, nem mesmo as pessoas que moram em regiões com altos níveis de bócio endêmico, visto que o país conta com um fácil acesso ao mineral por meio de fontes alimentares.
Alimentos ricos em iodo
Alguns dos alimentos ricos em iodo são:
- algas secas;
- ameixa seca;
- atum;
- bacalhau;
- banana;
- batata rústica;
- berbigão;
- camarão;
- cranberries;
- ervilha verde;
- lagosta;
- leite;
- mexilhão;
- morango;
- ovos;
- peito de peru;
- peixes;
- sal do Himalaia cristalizado;
- salmão;
- vagem.
Quando a suplementação de iodo é necessária?
Embora a ingestão de suplementos de iodo possa ser considerada segura e benéfica à saúde (desde que consumidos em dosagem certa), é sempre válido buscar outros meios de reposição do mineral, como os alimentos que contêm o elemento naturalmente.
Um indivíduo que toma o suplemento sem orientação médica e sem realmente precisar desse recurso, estará colocando a própria saúde em risco. Isso porque o excesso do mineral também faz mal, resultando em complicações na tireoide em pacientes com maior predisposição ao problema.
O uso indiscriminado desses suplementos também pode causar reações como os efeitos wolff-chaikoff e jod-basedow. O mesmo é válido para mulheres gestantes. E, embora este público necessite de uma quantidade maior de iodo (250 µg por dia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde), não são todas as mulheres que precisam tomar o suplemento.
É importante que gestantes consultem um médico. Quando o especialista não recomenda o uso desse recurso, e a futura mãe, ainda assim, insiste em tomar o suplemento de iodo, ela está colocando não só a saúde dela em risco, mas também a do bebê.
O profissional adequado para avaliar a necessidade do consumo de suplementação de iodo é o endocrinologista. Portanto, não deixe de buscar orientação com ele.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em São Paulo!